Thursday, September 13, 2007

Comportamento Histriônico Evitação Dependente Esquizóide Obsessiva Borderline Paranóide








O que são os transtornos de personalidade?
Os transtornos de personalidade afetam todas as áreas de influência da personalidade de um indivíduo, o modo como ele vê o mundo, a maneira como expressa as emoções, o comportamento social. Caracteriza um estilo pessoal de vida mal adaptado, inflexível e prejudicial a si próprio e/ou aos conviventes. Essas características, no entanto apesar de necessárias não são suficientes para identificação dos transtornos de personalidade, pois são muito vagas. A maneira mais clara como a classificação deste problema vem sendo tratada é através da subdivisão em tipos de personalidade patológica. Ao nosso ver, esta forma é bastante adequada, pois se verifica na prática manifestações diversas e até opostas para o mesmo problema. O leitor entenderá melhor a necessidade da subdivisão dos transtornos de personalidade lendo os textos abaixo.

Generalidades
Para se falar de personalidade é preciso entender o que vem a ser um traço de personalidade. O traço é um aspecto do comportamento duradouro da pessoa; é a sua tendência à sociabilidade ou ao isolamento; à desconfiança ou à confiança nos outros. Um exemplo: lavar as mãos é um hábito, a higiene é um traço, pois implica em manter-se limpo regularmente escovando os dentes, tomando banho, trocando as roupas, etc. Pode-se dizer que a higiene é um traço da personalidade de uma pessoa depois que os hábitos de limpeza se arraigaram. O comportamento final de uma pessoa é o resultado de todos os seus traços de personalidade. O que diferencia uma pessoa da outra é a amplitude e intensidade com que cada traço é vivido.
Por convenção, o diagnóstico só deve ser dado a adultos, ou no final da adolescência, pois a personalidade só está completa nessa época, na maioria das vezes. Os diagnósticos de distúrbios de conduta na adolescência e pré-adolescência são outros.

Transtorno de Personalidade Anti-Social

Como se caracteriza ?
Caracteriza-se pelo padrão social de comportamento irresponsável, explorador e insensível constatado pela ausência de remorsos. Essas pessoas não se ajustam às leis do Estado simplesmente por não quererem, riem-se delas, freqüentemente têm problemas legais e criminais por isso. Mesmo assim não se ajustam. Freqüentemente manipulam os outros em proveito próprio, dificilmente mantêm um emprego ou um casamento por muito tempo.

Aspectos essenciais
Insensibilidade aos sentimentos alheios

  • Atitude aberta de desrespeito por normas, regras e obrigações sociais de forma persistente.
  • Estabelece relacionamentos com facilidade, principalmente quando é do seu interesse, mas dificilmente é capaz de mantê-los.
  • Baixa tolerância à frustração e facilmente explode em atitudes agressivas e violentas.
  • Incapacidade de assumir a culpa do que fez de errado, ou de aprender com as punições.
  • Tendência a culpar os outros ou defender-se com raciocínios lógicos, porém improváveis.

Transtorno de Personalidade Borderline (Limítrofe)

Como se caracteriza ?
Caracteriza-se por um padrão de relacionamento emocional intenso, porém confuso e desorganizado. A instabilidade das emoções é o traço marcante deste transtorno, que se apresenta por flutuações rápidas e variações no estado de humor de um momento para outro sem justificativa real. Essas pessoas reconhecem sua labilidade emocional, mas para tentar encobri-la justificam-nas geralmente com argumentos implausíveis. Seu comportamento impulsivo freqüentemente é autodestrutivo. Estes pacientes não possuem claramente uma identidade de si mesmos, com um projeto de vida ou uma escala de valores duradoura, até mesmo quanto à própria sexualidade. A instabilidade é tão intensa que acaba incomodando o próprio paciente que em dados momentos rejeita a si mesmo, por isso a insatisfação pessoal é constante.

Aspectos essenciais

  • Padrão de relacionamento instável variando rapidamente entre ter um grande apreço por certa pessoa para logo depois desprezá-la.
  • Comportamento impulsivo principalmente quanto a gastos financeiros, sexual, abuso de substâncias psicoativas, pequenos furtos, dirigir irresponsavelmente.
  • Rápida variação das emoções, passando de um estado de irritação para angustiado e depois para depressão (não necessariamente nesta ordem).
  • Sentimento de raiva freqüente e falta de controle desses sentimentos chegando a lutas corporais.
  • Comportamento suicida ou auto-mutilante.
  • Sentimentos persistentes de vazio e tédio.
  • Dúvidas a respeito de si mesmo, de sua identidade como pessoa, de seu comportamento sexual, de sua carreira profissional.

Transtorno de Personalidade Paranóide

Como se caracteriza ?
Caracteriza-se pela tendência à desconfiança de estar sendo explorado, passado para trás ou traído, mesmo que não haja motivos razoáveis para pensar assim. A expressividade afetiva é restrita e modulada, sendo considerado por muitos como um indivíduo frio. A hostilidade, irritabilidade e ansiedade são sentimentos freqüentes entre os paranóide. O paranóide dificilmente ri de si mesmo ou de seus defeitos, ao contrário ofende-se intensamente, geralmente por toda a vida quando alguém lhe aponta algum defeito.

Aspectos essenciais

Transtorno de Personalidade Dependente

Como se caracteriza ?
Caracterizam-se pelo excessivo grau de dependência e confiança nos outros. Estas pessoas precisam de outras para se apoiar emocionalmente e sentirem-se seguras. Permitem que os outros tomem decisões importantes a respeito de si mesmas. Sentem-se desamparadas quando sozinhas. Resignam-se e submetem-se com facilidade, chegando mesmo a tolerar maus tratos pelos outros. Quando postas em situação de comando e decisão essas pessoas não obtêm bons resultados, não superam seus limites.

Aspectos essenciais

Transtorno de Personalidade Esquizóide

Como se caracteriza ?
Primariamente pela dificuldade de formar relações pessoais ou de expressar as emoções. A indiferença é o aspecto básico, assim como o isolamento e o distanciamento sociais. A fraca expressividade emocional significa que estas pessoas não se perturbam com elogios ou críticas. Aquilo que na maioria das vezes desperta prazer nas pessoas, não diz nada a estas pessoas, como o sucesso no trabalho, no estudo ou uma conquista afetiva (namoro). Esses casos não devem ser confundidos com distimia.

Aspectos essenciais

Trantorno de Personalidade Ansiosa (evitação)

Como se caracteriza ?
Caracteriza-se pelo padrão de comportamento inibido e ansioso com auto-estima baixa. É um sujeito hipersensível a críticas e rejeições, apreensivo e desconfiado, com dificuldades sociais. É tímido e sente-se desconfortável em ambientes sociais. Tem medos infundados de agir tolamente perante os outros.

Aspectos essenciais

Transtorno de Personalidade Histriônica

Como se caracteriza ?
Caracteriza-se pela tendência a ser dramático, buscar as atenções para si mesmo, ser um eterno "carente afetivo", comportamento sedutor e manipulador, exibicionista, fútil, exigente e lábil (que muda facilmente de atitude e de emoções).

Aspectos essenciais

Transtorno de Personalidade Obsessiva (anancástica)

Como se caracteriza ?
Tendência ao perfeccionismo, comportamento rigoroso e disciplinado consigo e exigente com os outros. Emocionalmente frio. É uma pessoa formal, intelectualizada, detalhista. Essas pessoas tendem a ser devotadas ao trabalho em detrimento da família e amigos, com quem costuma ser reservado, dominador e inflexível. Dificilmente está satisfeito com seu próprio desempenho, achando que deve melhorar sempre mais. Seu perfeccionismo o faz uma pessoa indecisa e cheia de dúvidas.

Aspectos essenciais

  • O perfeccionismo pode atrapalhar no cumprimento das tarefas, porque muitas vezes detém-se nos detalhes enquanto atrasa o essencial.
  • Insistência em que as pessoas façam as coisas a seu modo ou querer fazer tudo por achar que os outros farão errado.
  • Excessiva devoção ao trabalho em detrimento das atividades de lazer.
  • Expressividade afetiva fria.
  • Comportamento rígido (não se acomoda ao comportamento dos outros) e insistência irracional (teimosia).
  • Excessivo apego a normas sociais em ocasiões de formalidade.
  • Relutância em desfazer-se de objetos por achar que serão úteis algum dia (mesmo sem valor sentimental)
  • Indecisão prejudicando seu próprio trabalho ou estudo.
  • Excessivamente consciencioso e escrupuloso em relação às normas sociais.

Última Atualização:15-10-2004
Ref. Bibliograf:
Liv 01 Liv 09 Liv 02 Arch Gen Psychiatry, 2001 58(6): 590-596
The Prevalence of Personality Disorders in a Community Sample
Torgersen Svenn
>

Fabiano de Oliveira.


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Friday, July 13, 2007

Neurofeedback

Investigação relacionada com o neurofeedback em treino de alta performance

Ondas Alfa

1978

Hardt e Kamiya averiguaram que o aumento da amplitude das ondas Alfa diminui o nível de ansiedade (e, inversamente, que a reduzida amplitude de ondas Alfa está associada à intensificação da ansiedade). Observaram também que o aumento de percentagem das ondas Alfa era acompanhado pelo aumento da criatividade e da eficiência psíquica, particularmente em contextos competitivos.

1978

Em experiências independentes, Watson confirmou o efeito ansiolítico do treino das ondas Alfa. Além disso, verificou a permanência do efeito atingido durante 18 mêses a partir do fim do treino. Observou também progressos duradouros ao nível do funcionamento da memória, da rapidez de processamento da informação, da perceptividade e da capabilidade de tomar decisões.

1984

Hartfield (e mais tarde Crews e Landers) observaram um aumento significativo do nível de ondas Alfa nas regiões temporal e parietal de atiradores, arqueiros e jogadores de golfe, precisamente antes de efectuarem o tiro ou a tacada.

1993

Hardt e Gale descobriram que o aumento da percentagem das ondas Alfa causa um acré significativo da flexibilidade na criação de ideias e imagens, a qual se constitui como a base para a solução de problemas.

1994

Sterman e outros demonstraram que trabalho excessivo causa um enfraquecimento prolongado das ondas Alfa, que é acompanhado pela atenção excessiva ao mundo exterior, por ansiedade e pela inflexibilidade na resolução de problemas.

1994

Sterman e outros observaram que a percentagem de ondas Alfa muda ciclicamente em certas regiões do córtex no momento em que o cérebro é mobilizado em processos cognitivos. Quando termina um determinado fragmento do processamento de informação, regressa-se ao estado de "sincronização de fortalecimento", com a prevalência de ondas Alfa de alcançe 8 - 10Hz. A demora em regresso à sincronização está associada à deterioração do reconhecimento, da memória e da associação de ideias.

2001

Putnam sujeitou um grupo de soldados ao neurofeedback, reforçando ondas Alfa com os olhos abertos. Este treino, apesar de aumentar a amplitude das ondas Alfa, causava o enfraquecimento das ondas Teta. O autor aponta para a sua utilidade profiláctica andes da execução de tarefas sob alta pressão, que exigem atenção redobrada ao ambiente exterior. Este tipo de treino pode prevenir o esgotamento psíquico.

Subfaixa superior de ondas Alfa

1994

Craford e outros descobriram que, nas pessoas com elevado poder de concentração, menor número de erros cometidos e uma mais eficiente tomada de decisões, o aumento de ondas Alfa de alta frequência no hemisféfio esquerdo do cérebro superior aos níveis normais ocorre durante a concentração.

1999

Uma investigação de Neubauer e dos seus colegas sugeriu que, sob a influência de estímulos, ocorre uma menor dessincronização nas ondas Alfa de alta frequênica entre as pessoas mais inteligentes.

2003

Pesquisas de Klimesch mostram que a rede neural responsável pela memória semántica é activada sincronicamente na parte superior da banda Alfa (c. 12Hz).

Ondas SMR

1967

Sterman, em experiências com gatos, descobriu ondas rítmicas na banda 12-15Hz (ondas SMR) na região do vertex cerebral, durante estados de espera imóvel e de alerta ao estímulo. Em experiências seguintes, animais foram recompensados pela geração destas ondas e aprenderam a produzi-las "a pedido". Foi também descoberto por acaso que os gatos treinoados desta maneira eram muito mais imunes a substâncias convulsivas.

1971

Sterman descobriou ondas SMR em humanos. Os treinos para reforçar essas ondas aliviavam sintomas de epilepsia. Investigação posterior sugere que este tipo de treino aumenta a capacidade dos organismos para manter a homeostase.

2003

Vernon e outros fizeram experiências para treinar o aumento de ondas SMR. O aumento na sua amplitude foi acompanhado pela redução dos níveis das ondas Teta e por componentes de Beta de frequências mais altas. Os treinos melhoraram significamente os resultados em testes de memória operacional e, até certo ponto, de atenção.

Ondas Teta

1974

Beatty e outros observaram que actividades monótonas estão associadas ao aumento dos níveis de ondas Teta. O treino para diminuir estes níveis reduzia a quantidade de erros cometidos por operadores de radar.

1993

O'Hanlon e Kelly descobriram que a produção de ondas Teta e o número de erros cometidos por motoristas de caminhões de longa distância estavam positivamente correlacionados.

1996

Rasey e os seus colegas descobriram que os estudantes obtinham resultados muito melhores nos testes visuais e auditivos graças à realização de treinos que reduzem a percentagem de ondas Teta e aumentam os níveis de ondas SMR.

Synchronism of Alpha waves

1958

Garroute e Aird observaram que, em 75% das posições simétricas de EEG para ambos os hemisférios do cérebro, as ondas Alfa e Beta caracterizam-se por alto nível de sincronização (os atrasos de ondas para ambos os hemisférios não ultrapassavam 5-10 ms). Propuseram a hipótese de existir um estimulador central que comanda o trabalho sincrónico dos hemisférios.

1973

Banquest (e, mais tarde, também Levine e outros) descobriram que a sincronização das ondas Alfa entre os dois hemisféfios é significamente mais elevada em pessoas que se encontram em meditação profunda. Nestas pessoas, foi encontrada uma maior actividade do hemisfério esquerdo durante a execução de trabalhos analíticos, do que entre as pessoas não sujeitas a meditação (grupo de controlo). Em tarefas tri-dimensionais, porém, era maior a actividade do hemisfério direito.

1974

Fehmi determinou que um ciclo de sessões de treino para aumentar a sincronização de ondas Alfa entre muitos pontos do córtex foi eficaz para melhorar significamente o desempenho de funções psíquicas múltiplas: concentração, percepção, autoconsciência, intuição, calma, e satisfação com a vida. Fehmi defende que o nível da sincronização de ondas Alfa no estado de relaxamento é a medida de comunicação entre todas as regiões do cérebro, particularmente entre os seus hemisférios.

2001

Tornton descobriu a relação entre a conexão de ondas Alfa no hemisfério esquerdo e os resultados obtidos em testes de memória auditiva.

Esta sinopse de investigação em neurofeedback foi efectuada com base em:

S.L.Norris, M.Currieri: "Performance Enhancement Training through Neurofeedback" in J.R.Evans, A.Abrabanel: "Introduction to Quantitative EEG and Neurofeedback", Academic Press, 1999.

Se quiser aprender mais...

  • Neurobit Lite - Sistema portátil para treino da mente, para utilização em casa e no escritório.

  • Links - Fontes de informção adicional sobre o neurofeedback

Saturday, September 02, 2006

Tudo é relativo Einstein

http://www.terra.com.br/istoe/1854/ciencia/1854_tudo_relativo.htm


AP
Questão de lógica: faça
o teste de QI de Einstein


Q.I.
Tudo é relativo
Cinqüenta anos depois de sua morte,
Einstein ainda provoca polêmica, dessa
vez com um teste para avaliar a inteligência
Maria Cláudia Zucare e Julio Wiziack

Seus objetos de trabalho eram simples:
uma lousa, giz, alguns cavaletes, papel e canetas. Dentre as poucas exigências, apenas um cesto de papel. As teorias que sobreviveram à enxurrada de folhas lançadas ao lixo renderam a Albert Einstein o Prêmio Nobel e o consagraram como uma das maiores personalidades de todos os tempos. Sua produção, que completa cem anos este ano, revolucionou o pensamento científico. Para quem não se lembra das aulas de física, ele revelou, por exemplo, que a massa é equivalente à energia, que a luz é feita de partículas e que o átomo pode ser partido, liberando uma energia gigantesca. Ok, este foi o pontapé inicial para a invenção da bomba atômica, mas culpá-lo por isso seria o mesmo que condenar Nobel pela dinamite.

O que mais intriga em sua carreira é que, longe dos cálculos, esse gênio era um homem comum. Einstein só pronunciou as primeiras palavras depois dos três anos. Seus pais chegaram a pensar que ele fosse autista ou tivesse deficiência mental. Na escola, ele demorou a escrever. Um de seus professores profetizou que ele jamais teria êxito profissional. De fato, o primeiro emprego só surgiu aos 23 anos e ainda assim por indicação de um amigo de seu pai. O que intriga é: como alguém com esse histórico poderia ser capaz de conceber a Teoria da Relatividade, que revolucionou as pesquisas científicas da atualidade e a nossa compreensão do Universo como um todo?

Para tentar encontrar a resposta, Thomas Harvey, da Universidade de Princeton, nos EUA, chegou a “roubar” o cérebro do físico durante a autópsia, em 18 de abril de 1955. Sua anatomia foi estudada na surdina durante quatro décadas. As conclusões vieram a público mais tarde e o resultado foi surpreendente. Fisicamente, o gênio alemão não era tão diferente da maioria dos mortais.

A descoberta só fez aumentar a rede de especulações. Segundo o físico Ronaldo Mourão, autor de Einstein: de Sobral para o mundo, muitos passaram a duvidar da autenticidade das célebres teorias. “Existe a lenda de que nos manuscritos originais aparecia a assinatura dele e de sua primeira mulher, Mileva Maric”, diz Mourão.

A medida da inteligência – Na lista de mitos também está um teste criado por Einstein, no início do século XIX, para avaliar a capacidade de raciocínio lógico de seus alunos quando ele lecionava em Schaffhausen, na Suíça. O problema envolve cinco homens de nacionalidades diferentes que vivem um ao lado do outro em casas de cores variadas. Cada um deles tem sua bebida, cigarro e animais de estimação preferidos. Não há nenhuma coincidência. A partir de 18 sentenças – do tipo “o dinamarquês bebe chá”, “quem fuma Camel é alemão” ou “o norueguês vive do lado da casa azul” – deve-se dizer quem é o dono do peixe. Consta que só 2% de quem topou decifrar a charada acertou a resposta. “O teste nem é tão difícil, mas o fato de ser creditado a quem é faz com que as pessoas percam horas tentando resolvê-lo”, diz o matemático Oswald de Sousa. “Todo mundo quer saber o que Einstein diria a respeito de sua inteligência”, conclui.

Mas o que explica o fascínio que o físico alemão exerce sobre a humanidade vai além. Quando a Teoria da Relatividade foi publicada, em 1905, começavam a surgir os famosos testes de coeficiente de inteligência (Q.I.). É verdade que Einstein nunca se submeteu a um deles, mas estima-se que seu índice seria de 130, muito baixo para alguém considerado “superdotado” e um dos maiores gênios do século passado. Hoje a psicologia já provou que existem vários tipos de inteligência, como a musical, a pictórica, a lingüística, a espacial, entre várias outras. Mais um ponto para Einstein: até mesmo a inteligência é relativa.

Sunday, March 12, 2006

Se você conseguir ler as primeiras palavras o cérebro decifrará automaticamente as outras...

Vejam só o que podemos fazer...


Se você conseguir ler as primeiras palavras o cérebro decifrará automaticamente as outras...

3M UM D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4.. 4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 CH0R4R4M, C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0. C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40; G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R!! S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 C4R1NH0. 0 R3570 3 F3170 4R314.


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Sunday, March 05, 2006

Pesquisas alemãs mostram que macaco sabe trabalhar em equipe

  Pesquisas alemãs mostram que macaco sabe trabalhar em equipe
REINALDO JOSÉ LOPES
DA REPORTAGEM LOCAL

Os seres humanos pertencem a uma espécie talhada para trabalhar em equipe, ainda que a situação política do planeta não pareça confirmar isso no momento. Pesquisadores na Alemanha dizem ter encontrado o embrião dessa mesma capacidade cooperativa em chimpanzés, mas com algumas diferenças intrigantes -o que sugere pistas sobre como a habilidade evoluiu na linhagem do Homo sapiens.
São duas pesquisas diferentes, ambas oriundas do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, em Leipzig, e publicadas hoje na revista "Science". Uma delas, coordenada por Felix Warneken, comparou a disposição para ajudar estranhos que existe entre crianças humanas pequenas, de apenas um ano e meio, com chimpanzés de três e quatro anos.
No experimento, o pesquisador fingia estar em apuros conforme realizava uma série de tarefas. Deixava cair um pequeno disco de metal no chão e fazia de conta que não conseguia alcançá-lo, por exemplo. A idéia era não pedir ajuda verbalmente aos bebês ou aos macaquinhos durante 20 segundos, para ver o que acontecia.
Das 24 crianças humanas, 22 ajudavam espontaneamente o pesquisador em pelo menos uma tarefa depois de apenas cinco segundos. Não era preciso nem olhar para os bebês. Já os filhotes de chimpanzé pareciam ter dificuldades para entender o problema do cientista na maioria dos testes, mas se mostravam espontaneamente prestativos (embora mais lerdos que as crianças) quando o problema envolvia alcançar um objeto caído.
"Isso mostra que os chimpanzés são capazes de entender algo da psicologia dos outros", disse Warneken à Folha. É mais um achado importante para o debate sobre a presença da chamada teoria da mente -essa capacidade de se colocar no lugar de outro indivíduo- entre os bichos.
Alicia Melis e Brian Hare, por sua vez, usaram uma plataforma cheia de bananas para ver se os macacos eram capazes de cooperar quando o assunto era ganhar comida. A plataforma estava presa por duas cordas, uma distante da outra. O único jeito de o primata conseguir a comida era deixar que outro entrasse em sua jaula para que, juntos, eles puxassem as duas pontas. Eles não só faziam isso como aprendiam a preferir os ajudantes mais eficientes quando tinham chance de escolhê-los.

Friday, February 10, 2006

Gravar Dormindo

Gravar Dormindo
http://www.imagick.org.br/zbolemail/Bol06x01/imageH6O.JPG



"As coisas que você aprendeu hoje
serão consolidadas pelo seu cérebro
quando for dormir".
A velha afirmação
científico-espiritualista foi verificada
experimentalmente por um estudo
belga publicado na revista Neuron.
Cientistas usaram recursos de tomogtrafia
por emissão de pósitrons para avaliar
a atividade cerebral de pessoas que
foram dormir logo após terem aprendido a
navegar numa cidade virtual gerada por
computador. O resultado mostrou que
a nova informação espacial foi consolidada
durante o período de sono profundo.
O estudo também evidenciou que o grau de
atividade do hipocampo (o centro de aprendizagem
do cérebro) durante o sono estava relacionado
à qualidade da memória quando os
voluntários foram testados no dia seguinte.
As evidências experimentais sugerem que
o sono firma traços recentes da memória.
A informação adquirida durante o estado de
vigília é alterada, reestruturada e fortalecida
durante o sono. Nos seres humanos a memória
espacial é processada durante o sono sem
movimentos rápidos dos olhos (NREM).


http://www.neuron.org

Monday, February 06, 2006

DROGAS

Você sabe o que está fazendo?

Antes de acender um baseado, tomar a próxima dose ou embarcar em uma viagem qualquer, entenda os efeitos e conseqüências das drogas mais consumidas no planeta

Fernanda Colavitti

montagem de Daniel das Neves sobre fotos Dreamstime

Seria hipocrisia falar sobre drogas sem mencionar as sensações boas que elas proporcionam. Se não for o prazer, qual a explicação para o fato de cerca de 200 milhões de pessoas no mundo (cerca de 5% da população global com idade entre 15 e 64 anos) terem consumido pelo menos uma substância ilícita em 2004, segundo o relatório anual sobre drogas da Organização das Nações Unidas (World Drug Report 2005)?

Existem motivos de sobra para querer experimentá-las (e às vezes continuar usando), seja pelo desafio à proibição, por curiosidade de experimentar um estado alterado de consciência, pela possibilidade de esquecer dos problemas em meio a uma viagem psicodélica, pela sensação de relaxamento causada por um baseado, pela energia para encarar longas e exaustivas jornadas de trabalho proporcionada pela cocaína, pelo aguçamento de sentidos causado pelo ecstasy etc.

Mas é claro que seria uma loucura não mencionar que esses prazeres quase sempre têm um custo muito elevado, muitas vezes, a própria vida. Todos os anos, 0,4% da população mundial (200 mil pessoas) pagam esse preço, segundo a Organização Mundial da Saúde. Por isso, antes de decidir se vale a pena, leia as próximas páginas e saiba todos os riscos incluídos na experiência.



AINDA NESTA MATÉRIA
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REVISTA GALILEU
DROGAS

Você sabe o que está fazendo?

Antes de acender um baseado, tomar a próxima dose ou embarcar em uma viagem qualquer, entenda os efeitos e conseqüências das drogas mais consumidas no planeta

Fernanda Colavitti

montagem de Daniel das Neves sobre fotos Dreamstime

Seria hipocrisia falar sobre drogas sem mencionar as sensações boas que elas proporcionam. Se não for o prazer, qual a explicação para o fato de cerca de 200 milhões de pessoas no mundo (cerca de 5% da população global com idade entre 15 e 64 anos) terem consumido pelo menos uma substância ilícita em 2004, segundo o relatório anual sobre drogas da Organização das Nações Unidas (World Drug Report 2005)?

Existem motivos de sobra para querer experimentá-las (e às vezes continuar usando), seja pelo desafio à proibição, por curiosidade de experimentar um estado alterado de consciência, pela possibilidade de esquecer dos problemas em meio a uma viagem psicodélica, pela sensação de relaxamento causada por um baseado, pela energia para encarar longas e exaustivas jornadas de trabalho proporcionada pela cocaína, pelo aguçamento de sentidos causado pelo ecstasy etc.

Mas é claro que seria uma loucura não mencionar que esses prazeres quase sempre têm um custo muito elevado, muitas vezes, a própria vida. Todos os anos, 0,4% da população mundial (200 mil pessoas) pagam esse preço, segundo a Organização Mundial da Saúde. Por isso, antes de decidir se vale a pena, leia as próximas páginas e saiba todos os riscos incluídos na experiência.

As drogas através dos séculos

Fernanda Colavitti

Gênesis
O livro da Bíblia relata um episódio de bebedeira de Noé

10.000 a.C.
Existem evidências de que no início da agricultura já se cultivavam plantas como tabaco, café e maconha

7.000 a.C.
Folhas de um tipo de pimenta mascada por seus efeitos estimulantes são encontradas em sítios arqueológicos na Ásia

6.000 a.C.
Nativos da América do Sul iniciam o cultivo e uso de tabaco

5.400 - 5.000 a.C.
Um jarro de barro descoberto no norte do Irã, com resíduos de vinho, é considerada a mais antiga evidência da produção de bebida alcoólica

4.000 a.C.
Fibras de cânhamo encontradas na China datam dessa época. Foi nesse período também que o vinho e a cerveja começaram a ser produzidos no Egito




3.500 a.C.

Os sumérios são considerados o primeiro povo a usar ópio






3.000 a.C.

A folha de coca é mastigada na América do Sul e é tida como um presente dos deuses

3.000 a.C.
Evidências do consumo de cânabis na Europa Oriental

2.100 a.C.
Inscrições em tabuletas de argila mostram que médicos sumérios receitam a cerveja para a cura de diversos males

2.000 a.C.
Resíduos de coca são encontrados nos cabelos de múmias andinas

1.000 a.C.
Nativos da América Central erguem templos para deuses cogumelos

800 a.C.
Inicia-se a destilação de bebida alcoólica na Índia



100 a.C.

O cânhamo cai em desuso na China e passa a ser usado apenas como matéria-prima para produção de papel

1450
O uso de folhas de coca pelos incas se dissemina


1492

O navegador Cristóvão Colombo descobre o uso de tabaco pelos índios durante viagens ao Caribe

Século 16
Durante a expansão marítima para o Oriente, os portugueses passam a fumar ópio

Século 16
Américo Vespúcio faz os primeiros relatos sobre o uso da coca. Os espanhóis passam a taxar as plantações na América

1519
Espanhóis levam plantas de tabaco para a Europa

Século 17
O gim é inventado na Holanda

Século 18
O cânhamo é usado no Ocidente como planta medicinal

1792
O médico francês Pierre Ordinaire receita absinto e torna-se o primeiro a promover as virtudes da bebida

Século 19
Já se especulava que fumar causa câncer, sobretudo na boca

Século 19
Surgem os charutos e cigarros. Até então, o tabaco era fumado principalmente em cachimbos e aspirado na forma de rapé





1805

O químico alemão Friedrich Sertürner separa a morfina do ópio

Década de 1840
Soldados franceses que combatiam na Algéria bebiam absinto para prevenir-se contra a malária e outras doenças. Foi o que desencadeou a popularização da bebida na França

1845
O pesquisador francês Moreau de Tours publica o primeiro estudo descrevendo os efeitos das drogas alucinógenas sob a percepção humana

1850-55
A coca passa a ser usada como uma forma de anestesia em operações de garganta

1852
O botânico Richard Spruce identifica o cipó Banisteriopsis caapi como a matéria-prima de onde é extraída a ayahuasca

1859
O químico alemão Albert Niemann aperfeiçoa o isolamento da cocaína das folhas de coca




1859

O pintor impressionista Manet pinta "O Bebedor de Absinto"

1868
A primeira legislação antidrogas é elaborada na Inglaterra e torna ilegal a venda de ópio e outras drogas sem licença

1874
A heroína é inventada na Inglaterra. Nesse mesmo ano, a prática de fumar ópio é proibida em São Francisco, nos EUA, e é fundada a Sociedade para a Supressão do Comércio de Ópio na Inglaterra

1884
Freud usa cocaína pela primeira vez. No mesmo ano ele começa a tratar um amigo viciado em morfina com a droga e escreve seu primeiro artigo científico sobre a cocaína




1886

A receita patenteada pela Coca-Cola inclui folhas de coca





1887

A anfetamina é sintetizada na Alemanha





1896

A mescalina, princípio ativo do cacto peiote, é isolada em laboratório





1898

O laboratório farmacêutico Bayer inicia a produção comercial de heroína, usada contra a tosse




Final do século 19

Surge na Jamaica o movimento Rastafári, cujos adeptos fumam maconha como um ritual religioso que os aproxima do deus Jah

Início do século 20
Pesquisadores descobrem que a ergotamina (substância ativa do ácido lisérgico), por contrair os vasos sanguíneos, poderia ser usada para fins medicinais

1901
Picasso pinta "O Bebedor de Absinto" e "Mulher Bebendo Absinto"





1906

A cocaína é retirada da receita da Coca-Cola

1909
Fumar ópio torna-se crime nos Estados Unidos

1910
São relatados os primeiros casos de danos nasais por uso de cocaína

1912
O MDMA é sintetizado pelo laboratório farmacêutico Merck

1914
Cocaína e opiáceos são banidos nos EUA

1918
A Igreja Nativa Americana, fundada por comunidades indígenas dos EUA e Canadá para proteger o culto ao peiote, é oficialmente reconhecida como grupo religioso

1920
A cocaína é banida na Inglaterra

1920
O médico inglês Humphey Rolleston sugere a prescrição medicinal de ópio para diminuir o sofrimento de viciados, iniciando a idéia de redução de danos

1920
A "Lei Seca" é promulgada nos Estados Unidos, proibindo a fabricação, transporte, venda ou porte de qualquer bebida alcoólica. A clandestinidade fez proliferar os gângsters e a corrupção policial

1930
É fundada a religião "Santo Daime", por Raimundo Irineu Serra (Mestre Irineu). A base da religião é o consumo ritual de ayahuasca

1930
A proibição da maconha começa nos Estados Unidos e alcança praticamente todos os países do Ocidente

1938
O químico suíço Albert Hofmann sintetiza o LSD e acidentalmente descobre seus efeitos alucinógenos

1939-1945
A Segunda Guerra Mundial deu impulso ao hábito de fumar. Cigarros aliviavam a tensão de combatentes e civis

Década de 1940
Os primeiros pesquisadores que procuraram entender os efeitos do LSD sugeriram que a droga simulava, em pessoas saudáveis, os mesmos efeitos de um surto psicótico

1940
O governo japonês distribui anfetaminas para soldados e pilotos para deixá-los mais alertas durante a guerra

1947
A CIA inicia estudos com LSD como uma potencial arma pela inteligência americana. Cobaias humanas (civis e militares) são usadas sem ter conhecimento

Décadas de 1950-1960
Cientistas fazem as primeiras descobertas da relação entre fumo e câncer de pulmão

1954
O escritor inglês Aldous Huxley descreve os efeitos da mescalina no livro "As Portas da Percepção"

1956
Os Estados Unidos banem qualquer uso de heroína

Década de 1960
O LSD torna-se um dos símbolos da contracultura norte-americana

Década de 1960
Nos Estados Unidos, o uso de drogas como a cocaína, heroína, ópio e LSD se propaga entre os soldados que participaram da Guerra do Vietnã

1961
A Organização das Nações Unidas encoraja seus membros a tomar medidas contra os opiáceos e a cocaína

1962
O cientista Timothy Leary é apresentado ao LSD e torna-se o maior incentivador de seu uso indiscriminado

1962
A atriz Marilyn Monroe morre por overdose de tranqüilizantes





1965

O cantor de jazz Ray Charles é preso por porte de heroína e abandona a música por um ano

1965
O MDMA é redescoberto pelo bioquímico norte-americano Alexander Shulgin, que se dedicava ao estudo de drogas psicodélicas

1967
Mick Jagger e Keith Richards, dos Rolling Stones, são detidos por fumarem maconha

1967
O LSD é proibido nos Estados Unidos

1967
Os Beatles lançam o disco "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", que inclui a música "Lucy in The Sky With Diamond, cujas iniciais formam a sigla LSD

1967
A música "Heroin", de Lou Reed, é gravada pela banda Velvet Underground em 1967

Década de 1970
O uso da cocaína torna-se popular

Década de 1970
Psicólogos passam a usar o MDMA em seus pacientes

Década de 1970
As anfetaminas tornam-se as drogas mais consumidas pelos jovens adeptos do movimento punk



1970
Morre por overdose de heroína a cantora Janis Joplin

1971
Morre Jim Morrison, integrante do "The Doors", por overdose de heroína


1975

A Holanda libera a venda de maconha em estabelecimentos específicos, os coffee-shops

1978
O MDMA começa a ser usado amplamente como droga recreacional, e passa a ser conhecido como ecstasy

Década de 1980
Surge o crack, tipo de cocaína em pedra com alto poder de dependência, acessível às camadas mais pobres da população

1980
A Holanda dá início ao primeiro programa de distribuição de seringas e agulhas a viciados em heroína, para diminuir a incidência de hepatite no país

1980
Paul McCartney fica 10 dias preso no Japão por porte de maconha

1985
O ecstasy é proibido nos Estados Unidos e inserido na categoria dos psicotrópicos mais perigosos

1987
O ecstasy se torna parte integrante da cultura rave britânica após ser popularizado por clubbers em festas promovidas em Ibiza, na Espanha

1988
A cultura rave se alastra pela Europa

1989
O Brasil copia o programa de distribuição de agulhas da Holanda

1992
O então presidente norte-americano Bill Clinton admite ter fumado maconha em juventude, mas disse que nunca tragou

Século 21
Aumenta o que os especialistas chamam de "mania ocidental por pílulas", que é o consumo exagerado de medicamentos

2001
Os Estados Unidos financiam o combate ao tráfico e à produção de cocaína na Colômbia

2001
Portugal descriminaliza o consumo de qualquer droga

2001
O Canadá é o primeiro país a regulamentar o uso medicinal da maconha

2003
O governo do Canadá anuncia que vai vender maconha para doentes terminais. Pela primeira vez um país admite o plantio e comercialização da maconha

2005
O jornal britânico "Daily Mirror" publica imagens da modelo Kate Moss consumindo cocaína

A vida imita a arte (e vice-versa)

Estudo mostra que doenças e drogas podem ter influenciado a criatividade de grandes artistas, como Michelangelo e Van Gogh

Fernanda Colavitti
Fotos: reprodução / divulgação / Dreamstime


A genialidade de grandes artistas sempre foi motivo de diversos mitos, especulações e teorias, especialmente no que diz respeito à relação entre sua criatividade e produtividade, doenças (sobretudo as psiquiátricas) e uso de substâncias químicas, como álcool e drogas. Com a ajuda dos modernos laboratórios de análises químicas e de hematologia, o pesquisador Paul L. Wolf, da Universidade da Califórnia, investigou as bases da criatividade e produtividade de alguns artistas famosos, como Michelangelo, Van Gogh e Edvard Munch.

Wolf fez um levantamento da vida dessas personalidades, incluindo suas doenças e trabalhos, e também utilizou modernos testes químicos, toxicológicos e hematológicos que poderiam ter sido úteis no diagnóstico e tratamento dessas doenças, se existissem na época. O resultado dessa investigação mostrou que a associação entre doença e arte pode ser estabelecida em diversos casos, a maioria devido a limitações físicas dos artistas e suas adaptações mentais a essas condições. O trabalho sugere que a inspiração de muitos pintores, compositores e escultores pode ter sido moldada devido a doenças e abuso de substâncias químicas, como mostram os exemplos das próximas páginas.

Van Gogh
A cor amarela era a preferida pelo pintor holandês, particularmente em seus últimos anos de vida (época em que a cor predominava em todas as suas pinturas e inclusive em sua casa, que era toda amarela). Mais do que uma preferência, a pesquisa de Wolf indica que a ingestão de absinto e de uma planta chamada dedaleira (ingerida para tratar sua epilepsia) pode ter sido a causa da insistência do uso da cor. O absinto contém uma substância química que contamina o sistema nervoso. A química do efeito da dedaleira e do absinto resulta em uma disfunção que torna a visão amarelada.

Anteriormente à discussão sobre a visão amarelada de Van Gogh, vários médicos revisaram os problemas médicos e psiquiátricos do pintor após sua morte, diagnosticando-o com uma série de problemas, entre os quais esquizofrenia e contaminação por absinto e dedaleira.

Vincent Van Gogh (1853-1890), pintor impressionista holandês

Benvenuto
Segundo o estudo de Wolf, a célebre escultura "Perseus com a Cabeça de Medusa" é uma celebração à tentativa de assassinato que resultou na cura da sífilis do escultor italiano Benvenuto Cellini. Nesse caso, a doença é que influenciou a obra.

Cellini fez uma compra desvantajosa financeiramente de pessoas que suspeitavam que ele estava em fase terminal de sífilis. Esses mesmos vendedores prepararam uma refeição à qual adicionaram mercúrio para envenená-lo. No entanto, a dose não foi suficiente para matá-lo e sim para curá-lo da sífilis (o mercúrio era utilizado no tratamento da doença).

A escultura foi colocada em um pedestal também construído por Cellini. O artista colocou o deus grego Mercúrio, do comércio e dos viajantes, oposto a Vênus, a deusa do amor e da beleza. Uma interpretação possível é que, com essa justaposição, o artista quis demonstrar a causa e a cura de sua doença.

Benvenuto Cellini (1500-1571), escultor e escritor italiano

Berlioz
O personagem principal da "Sinfonia Fantástica" - primeiro poema sinfônico, considerado um marco do início da era romântica da música - do compositor francês Hector Berlioz (1803-1869) é um herói que supostamente sobrevive a uma grande dose de narcótico. De acordo com Wolf, essa seria uma autobiografia disfarçada e elegante do próprio compositor. Outra versão é a de que a obra descreve o sonho de um amante rejeitado (fuma ópio e mata a amada).

Segundo as pesquisas de Wolf, Berlioz ingeria ópio para aliviar suas dores de dente, e embora não haja indicações de que ele tenha se intoxicado, sabe-se que ele era viciado na droga. O ópio contém alcalóides como morfina, codeína e papaveína e, terapeuticamente, é usado para aliviar dores e produzir sonolência (tem efeito tranqüilizante). Além do álcool, o ópio foi a droga mais utilizada por artistas do século 19, com o objetivo de estimular a criatividade e aliviar o estresse.

Louis Hector Berlioz (1803-1869), compositor francês

Munch
Em seu famoso quadro "O Grito", o pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944) descreve seu próprio estado de espírito psicótico, segundo Wolf. Existe a suspeita de que Munch era esquizofrênico, pois sua irmã sofria da doença (psiquiatras especializados em genética molecular pesquisam as raízes genéticas da esquizofrenia). De acordo com o pesquisador Phillip Holzman, da Universidade de Harvard, a esquizofrenia é um problema mais amplo do que os fenômenos psicóticos e inclui diversos comportamentos que acometem parentes de pacientes esquizofrênicos (o que pode ser o caso de Munch).

Outra explicação para a agonia expressada em "O Grito" é a explosão vulcânica na ilha de Krakatoa, na Indonésia (ocorrida em 1883, gerando um tsunami que matou cerca de 36 mil pessoas), cuja poeira e gases levantados chegaram até a Noruega. A pintura refletiria o temor de Munch diante da situação.

Edvard Munch (1863-1944), pintor expressionista norueguês

Munch
Nesse caso, teria sido a arte que influenciou a doença. O pintor italiano renascentista Michelangelo Buonaroti (1475-1564) desenvolveu diversos problemas de saúde durante sua vida, incluindo gota no joelho (condição representada no quadro "Escola de Atenas", de Rafael, na foto ao lado). A gota se caracteriza pela inflamação das juntas, devido ao acúmulo de ácido úrico. Obcecado com seu trabalho (trabalhou até seis dias antes de sua morte), Michelangelo passava dias consumindo apenas pão e vinho. Nesse tempo, os contêineres de vinho continham chumbo, portanto a bebida tinha altos níveis do elemento.

De acordo com a pesquisa, o chumbo prejudica os rins, fazendo com que a concentração de ácido úrico aumente, manifestando-se exteriormente como gota. Michelangelo também sofria de depressão e era maníaco depressivo. Algumas de suas mais de 400 pinturas refletem sua situação. O artista retratou inúmeras doenças físicas e mentais em seus trabalhos - entre eles podem ser detectados traços de melancolia e depressão na pintura de Jeremias (profeta bíblico) no teto da capela Sistina, segundo Wolf.
Michelangelo Buonaroti (1474-1564), pintor renascentista